Encantados
E quando o Universo dá um presente?
E quando ele é a própria inspiração?
Sol e Lua em um mesmo aquário, nascidos na simplicidade da inocência.
O que buscam as sereias do meio do mar?
Pois seus olhos são benditas odisseias a bailar.
São crianças ainda, filhas da minha alma.
Meus pedaços de sonho vestidos de alegria real.
E esse amor, cuja origem é tão abstrata, certo dia ganha forma, e aprende, e ensina, a nadar...
Escutam, param, sorriem e seguem, reconhecendo quais são as marés agitadas em sua mansidão.
Negro e dourado...
A alvorada, a ressurgência entre algas e corais.
E se peço que fiquem comigo, para sempre, é porque em seus olhos vejo também a minha aura enquanto as suas essências viajam em meu coração.
Sei que cristalino é seu paraíso e tudo nele é bom.
Então me respondam...
Qual de seus cantos devo levar pela eternidade?
Todos!
Mostrem-me suas histórias enquanto seduzem as ondas, desenhando arquipélagos.
Das profundezas às luzes do seu reino seus corpos são divinos.
E surgem à superfície d'água esperando as sementes em flocos e conhecimento que caem das árvores amigas.
São assim, mistério herdado das lendas das corredeiras do supremo amor.
18/04/2021
Ana Luiza Lettiere Corrêa (Ana Lettiere)
Dedico essa obra à Patrícia Lettiere ( http://pintandonopedaco.blogspot.com.br ), Paulo Renato Lettiere Corrêa ( http://osabordamente.blogspot.com.br ) e todos os meus inspiradores.
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