segunda-feira, 19 de abril de 2021

Holografias


 Holografias


Dentre as mil imagens que escolho...

Quais são as cores da espera, da lembrança e do futuro?

Desde o sépia até o neon eu vejo o mundo dormir

Noto a metamorfose!

E enquanto os balões da alegria flutuam

Estrelam todas as suas nuances

A intuição azul,

O cílio verde da mata,

Rosa cor de boto em um rio de frescor

A coragem corre vermelha, desfile de guarás

E fluindo em amarelo, a canção nascida entre o Sol e a Chuva

Quais fadas escolhem o tema de firmamentos tão claros quanto a paz?

As mesmas que estão esboçando odisseias e universos

No voo e repouso dos amuletos diante de elementais

Tons e movimentos, pingos de lua

Cascatas de luz purificadas para que os séculos possam nascer

Abro os olhos e contemplo, sinto a aura

Descansei, e agora admiro os pássaros do amor

Que para sempre lembram todos os nomes

É como e onde se conta os mistérios de tantas décadas

Dos dias perdidos e resgatados

Reflito, portanto, diante do tempo macio e determinado

Na ampulheta da era sábia da inspiração...

Tão pura como o ar que dói quando falta

Eis a lúcida vela e sinete das canções

Ah... O branco e o dourado

Camafeus e sonhos

A parede, a ponte, a história do galo e da alvorada

E nas montanhas, nos contornos das faces queridas

Às vezes a alma veste-se de silêncios, e, em outras, de sinfonias

São álbuns itinerantes lançados aos ventos

Ali vislumbro a chama da criação

Deixo minha cabeça encontrar o ombro de um anjo

E sei que fugi para dentro do céu.


Ana Luiza Lettiere Corrêa (Ana Lettiere)

Dedico essa obra à Patrícia Lettiere ( http://pintandonopedaco.blogspot.com.br ), Paulo Renato Lettiere Corrêa ( http://osabordamente.blogspot.com.br ) e todos os meus inspiradores.


domingo, 18 de abril de 2021

Magia


 

Magia


Para quem nasce das flores todos os dias são de primavera...

Onde bebem da taça das fontes mornas e perfumadas.

E suas noites são de voo para os vagalumes, peregrinos da lua.

Os vejo tranquilos tecendo as belezas das novas paisagens.

Comensais de um mundo onde não existe tempo, dor, medo ou escravidão.

Arrancam da vida as violências e concedem mil graças.

E as pálpebras de todas as nobres épocas piscam graciosas ao sabor do destino como mantas felizes que depois de todas as lutas permanecem invictas nos sonhos.

Nos caminhos que trilhei, em todos, os encontrei... Porque nos quisemos e o Bem consentiu... Porque assim foi e será.

Venham, e como cisnes levem-me mais uma vez pelo espaço em que deslizam seus passos ornados com as sapatilhas coloridas e leves como bocejos de fada.

E só então, ao fechar os olhos, eu perceberei o quanto já estou perto do futuro.

Pois se eu penso em vocês, abençoo toda existência e desejo que seu ar seja puro e abundante.

Quando eu lembro de vocês, ilumino minhas emoções.

Vocês, que, fraternais, com uma cascata me saúdam e em seu arco-íris se despedem...

Delegando-me como guia uma estrela de frescor.


18/04/2021

Ana Luiza Lettiere Corrêa (Ana Lettiere)


Dedico essa obra à Patrícia Lettiere ( http://pintandonopedaco.blogspot.com.br ), Paulo Renato Lettiere Corrêa ( http://osabordamente.blogspot.com.br ) e todos os meus inspiradores.

Encantados

 


Encantados


E quando o Universo dá um presente?

E quando ele é a própria inspiração?

Sol e Lua em um mesmo aquário, nascidos na simplicidade da inocência.

O que buscam as sereias do meio do mar?

Pois seus olhos são benditas odisseias a bailar.

São crianças ainda, filhas da minha alma.

Meus pedaços de sonho vestidos de alegria real.

E esse amor, cuja origem é tão abstrata, certo dia ganha forma, e aprende, e ensina, a nadar...

Escutam, param, sorriem e seguem, reconhecendo quais são as marés agitadas em sua mansidão.

Negro e dourado...

A alvorada, a ressurgência entre algas e corais.

E se peço que fiquem comigo, para sempre, é porque em seus olhos vejo também a minha aura enquanto as suas essências viajam em meu coração.

Sei que cristalino é seu paraíso e tudo nele é bom.

Então me respondam...

Qual de seus cantos devo levar pela eternidade?

Todos!

Mostrem-me suas histórias enquanto seduzem as ondas, desenhando arquipélagos.

Das profundezas às luzes do seu reino seus corpos são divinos.

E surgem à superfície d'água esperando as sementes em flocos e conhecimento que caem das árvores amigas.

São assim, mistério herdado das lendas das corredeiras do supremo amor.


18/04/2021

Ana Luiza Lettiere Corrêa (Ana Lettiere)


Dedico essa obra à Patrícia Lettiere ( http://pintandonopedaco.blogspot.com.br ), Paulo Renato Lettiere Corrêa ( http://osabordamente.blogspot.com.br ) e todos os meus inspiradores.