quarta-feira, 25 de setembro de 2019

Antiga

Antiga

Sou a filha do jambeiro,
Do doce meio azedinho
Das não-migalhas, dos castelos
Nasci estranha, com espinhos
Timidez correndo
Fugindo apenas da própria pequenez
Menina enrolada em tules esfarrapados
Vestidos, princesa
Sou lembrança dos méis e favos
A mão inconsequente arrancando ervas
O susto, a dor, a experiência
A mordida da dúvida e o céu da lembrança
Dos poucos dias, o talvez e o sempre
Sou o Bem, também
Um deus e uma deusa falaram
Os ventos não são meus
Sendo pipa ainda posso neles viajar
No horizonte sem fios
Como estrela, pó das deidades
Ou seria a cauda de um cometa?
Do amor eu sei
Sobre as flores que carreguei
Do balanço sob sua copa, no meu imaginário


Muito obrigada ao Universo, ao meu pai, Paulo Renato Lettiere Corrêa (Paulo Lettiere),

http://osabordamente.blogspot.com.br

minha irmã, Patrícia Lettiere ( Patricia Carla Lettiere Corrêa )
http://pintandonopedaco.blogspot.com.br

e todos os meus eternos inspiradores!

Ana Luiza Lettiere Corrêa (Ana Lettiere)

25/09/2019

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